Com o crescente volume de negócios no setor farmacêutico, assim como a grande quantidade de produtos fabricados diariamente, aumentou-se a quantidade de resíduos gerados, que precisam retornar à sua origem. Nesse contexto, a logística reversa aparece como um diferencial importante para as empresas do setor. Afinal, as práticas ambientais corretas, o descarte e tratamento adequados dos resíduos têm um papel relevante na sociedade atual.
Mas você sabe o que é a logística reversa? Quais são os seus benefícios para o meio ambiente e a sociedade? Conhece a legislação que regulamenta essa prática? Em seguida, veja a importância da logística reversa na indústria farmacêutica.
Saiba o que é a logística reversa no setor farmacêutico
A logística reversa é o processo de planejar, implementar e controlar fluxos reversos de matéria-prima. Isso acontece em processos de estocagem, embalagem e produtos finais, das fases de produção, distribuição e consumo para sua recuperação ou disposição apropriada.
Ela pode ser entendida como a área da logística empresarial que objetiva gerenciar, de modo interligado, todos os pontos logísticos do retorno dos bens ao ciclo produtivo, acrescentando-lhes valor econômico e ambiental.
O gerenciamento reverso dos resíduos de uma indústria farmacêutica é extremamente importante. Não somente para a preservação da saúde da população, mas também para o meio ambiente. Além disso, é um diferencial competitivo para as empresas.
Isso porque os resíduos gerados na área da saúde podem degradar o meio ambiente, não somente em termo quantitativos, mas pelo risco que apresentam à saúde pública e à natureza, devido à presença de agentes patógenos.
Os produtos farmacêuticos merecem atenção especial porque possuem ciclos de vida predeterminados, devido ao prazo de validade. Além disso, eles devem estar de acordo com uma legislação rígida que regulamenta o setor.
Conheça a legislação referente ao gerenciamento reverso
A logística reversa é definida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) como um instrumento de desenvolvimento econômico e social. Ela é caracterizada por um conjunto de ações e meios destinados a viabilizar a coleta e restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros.
Essa diretriz foi criada em 2010, a partir da Lei nº 12.305. A finalidade foi de resolver a problemática da geração e tratamento dos resíduos e proibir o descarte incorreto ou indiscriminado no meio ambiente. Além disso, também foi criada a fim de incentivar a prática da reciclagem.
A Anvisa, por meio da RDC 306/04, e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a partir da Resolução Conama 358/05, regulamentam o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde. Em ambas as legislações, os documentos atribuem aos geradores (laboratórios, serviços de atendimento à saúde, estabelecimentos de ensino e pesquisa, distribuidores de produtos farmacêuticos) a função de ministrar o adequado gerenciamento dos seus resíduos.
Essa legislação determina que:
- Os estabelecimentos precisam ter um local externo para resíduos;
- Precisam realizar a segregação dos resíduos em grupos;
- Acondicionar os resíduos em recipientes próprios e fornecer a destinação adequada
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